domingo, 29 de julho de 2012

“LEVANTA PRA CAIR DE NOVO!"

Andréa Mascarenhas


São várias as situações tão comuns, que mostram claramente o descaso e a falta de respeito com que são tratadas as nossas crianças e, PRINCIPALMENTE, pelos próprios pais!

DAS SITUAÇÕES ABAIXO JÁ VI DEMAIS! - Não sei qual exatamente estou descrevendo:

Situação 1: Uma pessoa adulta vai atravessando a rua e cai no chão. Várias outras pessoas a acodem; forma-se uma roda incrível ao redor da vítima; oferecem-lhe a mão, as duas mãos, os pés, o carro, o avião...

"Está sentindo alguma coisa, sr./sra. Fulano/a?"
"Não quer ir ao médico fazer uma avaliação da queda?"
"Quer que eu ligue para seu marido/esposa pra vim lhe buscar?"
"Consegue levantar-se?"
"Eu te ajudo a andar."
"Dá-me essa sacola, ela deve estar muito pesada!"

Se for mulher (e bonita) ainda tem 'bônus' - Antes de levantar-se, já lhe deram os braços, o abraço, enxugaram-lhe as lágrimas...

Situação 2: Uma criança brinca na calçada e cai no chão. Algumas pessoas passam e nem se comovem PORQUE A MÃE já prestou o atendimento: “LEVANTA PRA CAIR DE NOVO!"


Andréa Cristina Mascarenhas Nascimento dos Santos

HÁBITO: UM VILÃO DAS CRIANÇAS

Andréa Mascarenhas


OLHA O QUE O HÁBITO FAZ COM A CRIANÇA; veja como é cruel a cultura da violência infantil.

Situação 1:

Um adulto/visita chega à casa de uma amiga e esbarra-se com um vaso caríssimo, vaso de estimação da dona da casa e quebra. Escuta:

"Não tem problema, não se preocupe, isso acontece... não foi porque você quis..."

E o adulto - todo desconsertado:

"Diz-me o valor para que eu te pague esse prejuízo; dá-me vassoura e pá pra que eu tire os cacos e limpe o chão; eu vou procurar e comprar um igual..."

E a dona da casa/do vaso:

"Não, não se preocupe, sei que não foi porque quis, não tem nada a pagar e fica tranquila..."

Por dentro, a dona de casa: "Tonta, parece que não enxerga... Logo meu vaso mais caro... Ai, que raiva, que tristeza... que... que..." Um monte de emoções BEM controladas.


Situação 2:

O filho está brincando com um amiguinho e esbarra-se em um vaso, bonito, porém menos valioso, e escuta:

"Moleque, você não enxerga não, é? Sabe quanto custou esse vaso? Vai levar uma palmadas/surra/beliscão pra aprender e ainda vai pegar todos os cacos espalhados pelo chão... "Ou "vai se virar, mas vai ter que me dar outro do mesmo... "

Por que a diferença de tratamento entre duas situações iguais?

A única diferença que eu vejo: Uma é criança e a outra/outro é adulto/a. E o hábito diz que se bate ferozmente em criança quando erra e se perdoa delicadamente o adulto que faz erros iguais ou piores - ainda se acrescenta a isso que ERRAR É HUMANO! E criança também não faz parte dessa espécie?

Andréa Cristina Mascarenhas Nascimento dos Santos

terça-feira, 17 de julho de 2012

Por que só em criança pode?

Andréa Mascarenhas



Ontem vi uma cena desconfortável na rua. Enquanto o sol tinia na calçada, e enquanto voltava apressadamente de meu trabalho, ouvi UMA COISA QUE ME PARECEU BRIGA DE MÃE E FILHO/A. O tom de voz era forte, impaciente, nervoso; vinha de trás de um automóvel parado perto da calçada.

- Eu já lhe disse que o troco que peguei na mão dele foi apenas de cinco reais, e eu o usei pra comprar o seu remédio!

E percebi uma voz frágil, porém insistente:

- Eu quero, Q U E R O meu dinheiro! Eu te disse que eu ia querer ele!

Enquanto eu me aproximava, já não mais tão apressadamente, pude ver que os olhos da mulher estavam já arregalados. E a voz mais alta ainda:

- EU JÁ DISSE QUE NÃO TENHO MAIS DINHEIRO ALGUM... !!!

Vi um dedo sendo esticado, furiosamente, em direção de alguém; imagino que em direção a sua face. Mas eu não podia ver esse alguém; só imaginava que se tratava de uma criatura pequena, indefesa, frágil. 

Pedido, explicação, ordens, zangas...

Pensei que ela ia dar um tapa em seu rostinho; eu tive muito medo de presenciar naquele momento, ali no meio da rua, uma cena de violência.

Já bem perto do automóvel, ouvi novamente o pedido, que agora virara uma ordem:

- Quando chegar em casa, você vai me dar tudo! - E ouvi quase que um grito, tal era o tom de voz de insistência daquela criatura.

Vi naquele momento, estampada na cara da mulher, um grande esforço para manter o controle.

Ela parou, respirou fundo, por certo contou até dez... E voltou a andar na calçada, como que cansada de explicar e de tentar convencer a criatura que estava atrás do automóvel. E andou alguns passos. A criatura pequena e frágil seguiu-lhe os passos...

Eu não disse que parecia uma BRIGA DE MÃE E FILHO/A? Realmente, pude ver naquele momento. Diante de meus olhos vi a mulher, que respirava ainda ofegante de nervoso, porém controlada. E vi outra mulher, de tamanho pequeno, indefesa, cabelos brancos, demonstrando fragilidade. 

Posso garantir que viver uma situação parecida com uma criança birrenta e manter a calma não é nada fácil. Mas, como a realidade não me mostrava uma criança naquele momento, não deve ter sido tão difícil assim manter o controle. Muitas de nossas atitudes são guiadas pelos hábitos. E não temos o hábito de bater em velhinhos...


Andréa Cristina Mascarenhas Nascimento dos Santos

terça-feira, 10 de julho de 2012

Castigos físicos aumentam chances de crianças apresentarem distúrbios mentais na vida adulta

Andréa Mascarenhas


 Punições físicas aplicadas pelos pais para disciplinar os filhos podem desencadear uma série de problemas mentais entre as crianças ao longo da vida. Segundo um novo estudo publicado nesta segunda-feira na revista Pediatrics, agressões — mesmo que não sejam as formas mais graves de abuso, como sexual ou negligência, comprovadamente prejudiciais à saúde mental — como empurrar, bater e agarrar, estão associadas a distúrbios de ansiedade e de personalidade.

 Veja mais:

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MEU TCC, CURSO DE PEDAGOGIA 2012 - RELAÇÕES INTERPESSOAIS E A APRENDIZAGEM: O IMPACTO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA NO DESEMPENHO ESCOLAR


RESUMO


      A ocorrência de maus tratos na infância e adolescência é comum em todo o mundo. Embora a sociedade, de modo geral, abomine a agressividade contra humanos e até animais, existem expressões de violência aceitas culturalmente pelas pessoas: os castigos físicos aplicados a crianças e adolescentes pelos pais. Este trabalho objetiva refletir sobre as relações interpessoais e o desempenho escolar e, mais especificamente, sobre o impacto da violência doméstica na vida afetiva, emocional e cognitiva das crianças e adolescentes. O trabalho justifica-se pela necessidade de aprofundamento do tema e criação de condições para o enfrentamento dos castigos físicos e humilhantes, bem como do fenômeno bullying nas relações escolares, tomando como base pesquisas bibliográficas.

      Sobre violência entenda-se todo e qualquer tipo de constrangimento físico ou moral exercido sobre alguém, com ou sem uso da força física; desde xingamentos, humilhações e palmadas a surras, queimaduras e outras espécies de tortura. Este trabalho foca, principalmente, as formas de violência mais aceitas culturalmente pela sociedade, confundidas, equivocadamente, com disciplina, amor, limite, autoridade. Atualmente, muitos estudos são feitos no Brasil e em vários países do mundo, sobre os efeitos danosos desse tão conhecido fenômeno cultural. Pesquisas, investigações e estudos procuram avaliar os ímpetos que a problemática traz e os efeitos danosos deixados em suas vítimas.

      Não bastam apenas leis; é preciso educar os pais para que aprendam educar a seus filhos. É possível resgatar a vontade de aprender em crianças e adolescentes, mas para isso é preciso que se lhes devolva, principalmente, a autoestima.
Palavras-


Veja mais:

http://www.4shared.com/office/0KNzH8bW/TCC_-_Relaes_interpessoais_e_a.html

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Andréa Cristina Mascarenhas Nascimento dos Santos

domingo, 8 de julho de 2012

PROJETO MÃOS E FILHOS




Objetivo geral

 

Refletir com os pais sobre os efeitos danosos das punições físicas para o desenvolvimento cognitivo e emocional das crianças, e analisar o tipo de relação construída entre pais e filhos na atualidade. 

Veja mais:



Andréa Cristina Mascarenhas Nascimento dos Santos