http://g1.globo.com/fantastico/quadros/sos-infancia/noticia/2013/06/quinze-criancas-sao-vitimas-de-violencia-cada-hora-no-brasil.html
O Fantástico do dia 23.06.13, numa reportagem especial, exibe histórias tocantes de vítimas de abusos, e a precariedade dos órgãos de defesa das crianças.
Analisando alguns momentos do vídeo acima, observamos que a fala dos pais AGRESSORES é sempre a mesma: “Eu bati nele porque é meu filho; eu tenho o direito de bater. Bato para corrigir.”
Ouvindo a fala dos filhos vitimados pelos próprios pais, percebemos que as crianças sentem-se AGREDIDAS e NÃO corrigidas quando apanham:
“Se meu pai maltrata o próprio filho que sou eu, ele tem a coragem de maltratar a qualquer um. Ele tem prazer em me agredir...”
Alguns depoimentos mostram-nos uma triste e cruel realidade:
“Ela me maltratava muito. Cheguei a ficar em coma. Ao completar 9 anos, contei tudo ao meu pai, que nada fez. A minha mãe castigou-me ainda mais, cortando a minha língua com uma tesoura. Foi ABSORVIDA POR FALTA DE PROVAS, pois, sendo ENTREVISTADO NA FRENTE DELA, eu não consegui falar.”
A realidade: Incapacidade do estado de lidar com a problemática. Despreparo visível dos responsáveis pela defesa da criança brasileira.
As crianças, quando choram e gritam ao apanhar, não o fazem APENAS pela dor, mas, muitas vezes, estão a pedir SOCORRO:
“Eu grito sim, mas só que... eu não sei porque não chamam a polícia...”
Essa é outra dura realidade; não é difícil tirar conclusões: A sociedade, de modo geral, é conivente. Vizinhos e amigos preferem silenciar. O SILÊNCIO FORTALECE O AGRESSOR E ABATE A VÍTIMA.
Tapas, chineladas e surras são manifestações de violência, não importa ‘de quem para quem’. Correção é OUTRA COISA!